A Mentoria empreendedora para uma startup significa antever crises, prevenir o fracasso, antecipar etapas e, acima de tudo, acelerar o sucesso. Essas são algumas funções do mentoring, experiência tão importante para startups que desejam não só sobreviver, mas prosperar.
Mas afinal de contas, o que é mentoria (ou mentoring)?
Mentoria é uma relação pessoal de desenvolvimento na qual uma pessoa mais experiente e com mais conhecimento atua para ajudar alguém em busca de aprendizado e de novas perspectivas.
Por exemplo, no InovAtiva, uma das aceleradoras onde atuo como mentor, o foco da mentoria é ajudar empreendedores que estão no início de suas empreitadas a darem seus primeiros passos no mercado.
Já na ACE, atuo como mentor para startups que estão em estágio de crescimento, como a NMAP. O trabalho de mentoria empreendedora abrange temas mais específicos de aceleração do processo de vendas no B2B. Na mesma aceleradora, desenvolvi e executei um workshop sobre Engenharia de Valor para diversas empresas.
Ao final do artigo você pode assistir a uma sessão on-line de mentoria empreendedora que realizei pela InovAtiva Brasil.
Algumas das vantagens de buscar um mentor no início de um novo negócio:
- Ter orientações de alguém com experiência no mercado.
- Entrar em contato com visões e soluções diferentes, com base em experiências reais.
- Travar discussões sobre o seu modelo de negócio.
- Formar uma rede de contatos que pode ajudar no crescimento da startup.
E o que define um bom processo de mentoria empreendedora?
Pense nos conselhos e insights mais valiosos e decisivos que você já recebeu na sua vida, tanto do ponto de vista profissional quanto do pessoal. Pois bem, provavelmente esses ensinamentos chegaram até você não por meio de livros ou palestras, mas por alguém com vontade de compartilhar com você conhecimentos e vivências. Ou até mesmo disposto a te ajudar a colocar alguma habilidade em prática.
Um bom mentor é aquele que é capaz de avaliar a situação dos seus negócios, e guiá-lo com ideias, conselhos, discussões, pessoas e recursos necessários ao seu crescimento. Ele (ou ela) deve estar ao seu lado em todos os momentos ao longo da carreia, não somente quando você estiver em apuros. Isso é importante para, ao longo do caminho, preencher lacunas críticas e aprender a caminhar com as próprias pernas.
Há diversos mitos acerca dos processos de mentoria, vamos a alguns:
Mito 1 – É preciso encontrar um mentor perfeito
As demandas variam conforme a maturidade das startups, e as “dores” de cada empresa podem estar relacionadas a planejamento, vendas, marketing etc.. Por isso, uma boa ideia é criar uma rede de mentores, em que cada um poderá contribuir de acordo com a sua especialidade.
Mito 2 – Mentoria é um programa formal de longo prazo
Não há regras para as interações entre mentores e mentorados, o importante é que o tipo e a frequência das interações seja viável para os dois lados e atenda as necessidades das startups. Sendo assim, os encontros de mentoria podem durar uma hora ou mais; podem acontecer pessoalmente, durante um almoço; por e-mail, por Skype. A quantidade de encontros ou interações também varia caso a caso.
Mito 3 – Mentoria é só para iniciantes
Muitos pensam que mentoring é somente para quem está começando uma carreira ou um negócio. Na verdade, pessoas e negócios em qualquer fase de desenvolvimento podem se beneficiar dessa parceria. Portanto, não existe fase certa para procurar um mentor.
Mito 4 – Um mentor é alguém que só tem sucessos no currículo
Será que alguém que nunca errou e sempre foi bem-sucedido tem experiências tão ricas e diversificadas assim para compartilhar? Pense nisso ao procurar um mentor. O fracasso permite conhecer dificuldades, analisar saídas e testar formas de superá-las até alcançar o sucesso. Por isso, garanta que seu mentor tenha tanto tropeços quanto acertos em seu currículo. Isso pode ser muito valioso para você.
Mito 5 – O mentor deve ter total afinidade com o mentorado
O mentor deve estar, sim, 100% alinhado aos seus valores e à sua visão, e precisa acreditar no seu negócio e nos seus sonhos. Fora isso, ele não precisa ter formação, perfil ou experiências iguais às do mentorado – pelo contrário.
O ideal é que os sócios-fundadores de uma startup tenham competências complementares, sejam elas técnicas, comerciais ou mesmo de visão de negócio. Se os empreendedores sentem que são carentes em determinado quesito ou competência, é importante buscar um mentor capaz de prover justamente o que está faltando.
Além disso, o mentor precisa ser capaz de tirar os mentorados da zona de conforto. Isso é feito por meio de desafios reais ou hipotéticos, e da provocação constante com caminhos e ideias alternativas.
Mito 6 – Mentor X Patrocinador
Muitas vezes o mentor é cobrado para fazer o papel de patrocinador de uma startup, que é diferente do exercido por um mentor. São duas atividades distintas e a confusão entre elas é bastante delicada. Lembre-se: um mentor contribui com capital intelectual na forma de orientações, provocações, experiências e conhecimento. Além disso, um mentor muitas vezes não pode assumir um papel de patrocinador em outras empresas. Para evitar problemas, esses papéis e as atividades desempenhadas por cada um devem ser previamente combinadas e esclarecidas entre todas as partes envolvidas.
Mito 7 – É muito difícil encontrar um bom mentor
Encontrar um mentor adequado ao seu negócio e às suas necessidades pode parecer um bicho de sete cabeças, mas não é. Comece buscando pessoas que são referências em sua área de atuação. Procure grupos de empreendedores (www.anjosdobrasil.net); participe de seminários, palestras e eventos. O networking será válido não só para encontrar um mentor, mas para ajudar a alavancar novos negócios e oportunidades. Além disso, uma ótima forma de conhecer mentores é participar de aceleradoras.
Respostas de 3
o
muito bom o seu artigo
Obrigado pela leitura !